terça-feira, 10 de abril de 2018

Como enfatizar pontos fortes, se diferenciar e sair do óbvio durante entrevistas de emprego

Você está participando de um processo de seleção para uma vaga que deseja muito. Entre os candidatos, alguns com perfis muito parecidos com o seu. Claro, vocês foram escolhidos pelo currículo para concorrer ao mesmo cargo. Por isso, o importante é focar no que você tem de diferente para oferecer.

“Costumamos falar que há o hard skill e o soft skill. São termos em inglês que acabamos adotando por aqui. O primeiro diz respeito às habilidades técnicas, experiência e estudo, o que se aprende na busca pelo conhecimento. Já a segunda, soft skill, são as habilidades comportamentais e competências subjetivas que você desenvolve”, explica o coach Edson de Moraes, formado pelo Instituto EcoSocial e certificado pelo ICF – International Coach Federation.

Ele afirma que é muito comum quando o recrutador pergunta ao candidato quais suas qualidades, este responder o que já está no currículo ou no perfil do Linkedin.  E alerta: “É comum, um ficar enfeitando o currículo e o outro enfeitando a vaga. E isso vira um namoro de pássaros que resultará em três meses de paixão. Começará com o ‘oba, oba’ e terminará no ‘êpa, êpa’, resultando no fim do encantamento”.

Moraes aconselha o candidato a falar sobre suas habilidades fora do profissional, além de pesquisar o que a empresa está buscando em um candidato para aquela vaga.

O que citar

Alguns pontos positivos que as pessoas, por nervosismo ou por não darem importância, acabam não mencionando:

- aptidão de lidar com problemas complexos;
- criatividade;
- capacidade de trabalhar bem em grupo;
- pensamento crítico;
- flexibilidade cognitiva.

Algumas pessoas, principalmente quando buscam o primeiro emprego, não acham relevante comentar que fizeram parte de um time que praticava determinado esporte. Que participavam do teatro e da produção de peças no colégio ou faculdade. Que cantavam no coral da universidade. Que trabalharam como babás ou cuidadores. Que fizeram trabalho voluntário em abrigos de animais ou casas que cuidam de idosos ou que saiam à noite distribuindo sopas e cobertores para os sem-teto.

“Esse tipo de comportamento passa ao entrevistador abnegação, sensibilidade, preocupação com o próximo e capacidade de atuarem grupos. E qual a importância disso para o cargo? A mensagem é que se trata de alguém sensível, que pode unir o time, levar o grupo a um propósito final. Isso passa seus valores e crenças. E muitas empresas não têm valores, mas estão buscando por eles. E isso será seu diferencial”, ensina Moraes.

Já para os mais experientes, cuidado ao mencionar o motivo pelo qual saiu de empresas anteriores. Não faça críticas, pois estará passando uma mensagem muito negativa. “Fale de você, e sempre do seu ponto de vista. Não fale mal do lugar ou de pessoas onde trabalhou, pois, no fundo, isso falará mais sobre você que do lugar”, finaliza o coach.

Edson Moraes é sócio do Espaço Meio -  https://espacomeio.com.br, Executive Coach desde 2014 e Consultor (Gestão & Governança) desde 2003. Foi Executivo do Bank of America entre 1982 e 2003. Seguiu carreira na Área de Tecnologia da Informação, foi Head do Escritório de Projetos e CIO por 4 anos. É Master em Project Management pela George Washington University.  Participou de programas de educação executiva na área de TI ( Stanford University, Business School São Paulo e  Fundação Getúlio Vargas). Formado em Comunicação Social – Jornalismo pela PUC/SP. É Conselheiro de Administração formado pelo IBGC, Coach pelo Instituto EcoSocial e certificado pelo ICF.  Articulista e palestrante nas áreas de Governança, Tecnologia da Informação e Gestão de Projetos. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário